A
reflexão pode impulsionar a prática, nos levar a pensar sobre as coisas e como
chegamos a realizá-las.
O
cinema tem essa magia de nos transportar a outros lugares, nos fazer viver
histórias distantes das nossas, resgatar a infância, levar a pensar sobre valores,
gerar temor e espanto.
Segundo
Verônica Ferreira Dias, Profa. de cinema da PUC-SP, um filme é sempre algo
atrativo porque traz entretenimento e reflexão também. Para ela quando a sétima
arte retrata processos de aprendizado bem sucedidos, é capaz de despertar o
espírito crítico da sociedade.
Desde
sempre sou uma apaixonada por cinema, audiovisual como um todo, assistir a filmes
e desenhos animados sempre foi algo mágico e me teletransportava a lugares e
mundos desconhecidos, que só cabiam na minha imaginação.
O
que o cinema pode e tem em comum com a psicopedagogia? Creio
que a resposta é simples: tudo e um pouco mais! Tem muitos ingredientes que
podemos usar de um filme para uma série de ações na clínica psicopedagógica:
recontar a história assistida, desenhar algo que represente o filme, reescrever
o final...
Se
pensarmos no psicopedagogo, as temáticas podem levar a profundas reflexões pois
há filmes que tratam de leitura, das relações na escola, de problemas ou
distúrbios que afetam a aprendizagem, de afetividade, enfim, o repertório é
imenso. Os
possíveis vínculos entre o cinema e a psicopedagogia apenas se multiplicam a
todo instante, então acredito ser possível um diálogo com múltiplas facetas.
A
proposta do filme “Ponte para Terabítia” é nos levar para os encantos da pré adolescência
do protagonista Jesse. Com talento incrível para o desenho e muito imaginativo,
único menino numa família de quatro meninas, cujo pai o trata com dureza por
considerar que meninos devam ser mais fortes, Jesse procura encontrar-se entre
a beleza de seus sonhos e desenhos e as dificuldades da realidade.
Tímido,
envergonhado por não ter recursos, acaba se aproximando uma menina de sua
classe, ela também sonhadora, que o autoriza a imaginar e a viver seus sonhos.
Juntos
enfrentam muitos desafios e por aí vai. Mas é melhor assistir o filme, que realmente
vale muito a pena...
Roseli de Fátima Gomes