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São Paulo, São Paulo, Brazil
Prevista é um projeto psicopedagógico preventivo com o objetivo de pensar a Educação de modo geral, assim como atualizar e discutir problemas e distúrbios de aprendizagem escolar. Coordenação: Ms. Elisa Maria Pitombo, mestre em Psicologia, Psicopedagoga, docente no Instituto Sedes Sapientiae, Integrantes: Helena Raymundo - Psicopedagoga e Psicodramatista, Roseli Gomes de Sousa - Psicóloga e Psicopedagoga.

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

2014, e agora, Educação?


Com o término do ano, vale a pena pensarmos alguns fatos relacionados à Educação no ano que transcorreu para que possamos aprimorar nossas práticas para o futuro.

As últimas avaliações educacionais trouxeram alguns poucos motivos para o Brasil comemorar e muitos para preocupar-se - ou melhor, ocupar-se - com a melhoria da Educação.

Houve avanços no nível dos conhecimentos em matemática desde 2003, mas ainda estamos no time dos piores do mundo. A frequência do tema Educação na mídia mostra que a preocupação da sociedade com a Educação é crescente, embora  tenha surgido tardiamente em virtude do impacto negativo da má qualidade da Educação na Economia, segundo Ilona Becskeházy e Paula Louzano, especialistas no assunto.

Pesquisas científicas sobre a Educação baseadas em evidências, realizadas em vários países, podem ajudar na elaboração de políticas públicas eficazes, já que estudam e identificam as práticas que geraram os melhores resultados no mundo todo, assim como podem nortear o aprimoramento das práticas pedagógicas das escolas particulares.

Seguem, então, algumas informações importantes para refletirmos:

- Há uma promessa no Brasil de maior investimento em Educação. Assim, é necessário planejamento para o uso desses recursos de forma que verdadeiramente tragam benefícios para a Educação Pública. Pesquisas mostraram que o aumento dos recursos em sala de aula (material didático, computadores e outros insumos) não gera necessariamente uma melhoria na Educação, pois frequentemente não causa o impacto positivo na aprendizagem. Há exemplos de países que distribuíram computadores entre os alunos e perceberam que ou não foram utilizados ou quando foram, seu uso não trouxe a melhoria esperada do desempenho acadêmico. A pergunta é: vale a pena um investimento tão alto nesta tecnologia para um retorno tão baixo?


- Em questão de políticas públicas, é necessário buscar altos padrões de ensino para toda a população, não aceitando critérios medíocres para os mais pobres. Todos devem avançar juntos, sem deixar ninguém para trás - o Brasil é o país que mais reprova no mundo, principalmente entre a população mais carente, o que gera grande custo para o indivíduo e para e sociedade. Não pode haver apenas uma melhoria da média, o fosso entre os que aprendem mais e os que aprendem menos não pode aumentar. As pesquisas apontam que um dos caminhos é ter uma uma educação infantil de alta qualidade para todos, preparando as crianças desde o início para a vida escolar.


- Ensino em tempo integral - no Brasil, mesmo nas classes mais altas, apenas uma pequena parte dos alunos fica o dia todo na escola. Há um discurso de que a criança ficará cansada, que a exigência é muito grande, o que não tem se mostrado verdadeiro nos países que avançaram na Educação. E o tempo integral deve ser de instrução, sem improvisação com atividades que não estejam relacionadas à aprendizagem escolar.

 - O avanço da educação em países que estão no topo da lista envolveu necessariamente a valorização do professor. O PROFESSOR É O FATOR DENTRO DA ESCOLA MAIS IMPORTANTE NA MELHORIA DA EDUCAÇÃO. Embora a questão da remuneração seja importante, no Brasil fala-se pouco sobre a grande necessidade de investimento na formação para que o professor saiba o que fazer: o que ensinar e como ensinar.

- A lição de casa deve ser desafiadora e estimulante - fazer muita lição de casa não garante necessariamente melhor aprendizado.
Países pobres, como o Vietnã, surpreenderam com uma tremenda melhora na qualidade de ensino, igualando-se a Finlândia, Canadá e Holanda.

Isso nos dá uma grande esperança para o Ano Novo.

Feliz 2014!!

Um grande abraço,

Equipe Prevista

Leia mais em:
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/12/1382788-na-educacao-brasil-tem-motivos-para-celebrar-e-para-se-preocupar-diz-jornalista.shtml